Depois de “por que você sumiu?”, a pergunta que mais escuto atualmente é “porque você não arranja um namorado?”. E ainda vem seguida do protesto: “Você é tão bonitinha, educadinha...”. Assim mesmo, no diminutivo.
Não estou fechada para balanço e nem acho a companhia masculina desagradável. Muito pelo contrário. Queria eu, por horas, conversar, sentir o cheiro, rever o sorriso terno de uma pessoinha especial... Mas não desejo levá-lo para casa e nem lhe dedicar todo meu tempo disponível. No momento, o casinho ocasional é suficiente.
Eu sei, eu sei... Nem sempre minha vontade é a mesma da dele. Posso estar a fim e ele não. E quando isso acontece (as mensagens desaparecem, o celular fica mudo, os planos mudam e aquilo pelo qual espero tem chances de nunca chegar), vem a dúvida: será que estou agindo corretamente com os meus sentimentos? Não estou embarcando em uma furada? Mas aí, os amigos ligam, a noite chega, o sono me domina, o dia amanhece tão lindo... E posso pegar meu barco e ir para qualquer destino, transbordando de novas vontades.
Contudo, parece conflitante que eu, que ando adepta às perambuladas de uma vida cheia de idas e vindas, que quer se achar antes de ser encontrada, sinta às vezes saudades e desejos de enamorados.
Inquieta-me esses passos duvidosos. Mas quem sabe caminhar sem rumo seja a razão por estar acometida pela falta de orientação. E que a minha necessidade de vagar seja, na verdade, a busca por algo que não sei o que é.
Não estou fechada para balanço e nem acho a companhia masculina desagradável. Muito pelo contrário. Queria eu, por horas, conversar, sentir o cheiro, rever o sorriso terno de uma pessoinha especial... Mas não desejo levá-lo para casa e nem lhe dedicar todo meu tempo disponível. No momento, o casinho ocasional é suficiente.
Eu sei, eu sei... Nem sempre minha vontade é a mesma da dele. Posso estar a fim e ele não. E quando isso acontece (as mensagens desaparecem, o celular fica mudo, os planos mudam e aquilo pelo qual espero tem chances de nunca chegar), vem a dúvida: será que estou agindo corretamente com os meus sentimentos? Não estou embarcando em uma furada? Mas aí, os amigos ligam, a noite chega, o sono me domina, o dia amanhece tão lindo... E posso pegar meu barco e ir para qualquer destino, transbordando de novas vontades.
Contudo, parece conflitante que eu, que ando adepta às perambuladas de uma vida cheia de idas e vindas, que quer se achar antes de ser encontrada, sinta às vezes saudades e desejos de enamorados.
Inquieta-me esses passos duvidosos. Mas quem sabe caminhar sem rumo seja a razão por estar acometida pela falta de orientação. E que a minha necessidade de vagar seja, na verdade, a busca por algo que não sei o que é.