quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Essa alma que há vários dias só sentia o sabor salgado do pranto, abriu as janelas.
A angústia, o “não sei exatamente o quê” ainda estão aqui, mas agora acompanhado de um largo sorriso estampado no rosto.

Up


“Baiana que entra na roda e só fica parada
Não samba, não mexe, não bole nem nada
Não sabe deixar a mocidade louca.
Baiana é aquela que entra no samba de qualquer maneira

Que mexe, remexe, dá nó nas cadeiras
Deixando a moçada com água na boca.
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A falsa baiana quando entra no samba

Ninguém se incomoda, ninguém bate palma
Ninguém abre a roda, ninguém grita ôba
Salve a Bahia, senhor.
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Mas a gente gosta quando uma baiana

Samba direitinho, de cima embaixo
Revira os olhinhos dizendo
Eu sou filha de São Salvador!”
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Falsa Baiana - Geraldo Pereira

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*Foto tirada no carnaval de Olinda.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Exijo o direito de ficar calada. No meu canto. Sem barulho, para não abafar minha voz, meus clamores, sussurros e brados.
Preciso de quietude. De uma manhã chuvosa, assistindo Amélie Poulain, acompanhado de um pote de Nutella
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segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

“Que esta minha paz e este meu amado silêncio
Não iludam a ninguém
Não é a paz de uma cidade bombardeada e deserta
Nem tampouco a paz compulsória dos cemitérios
Acho-me relativamente feliz
Porque nada de exterior me acontece...
Mas,
Em mim, na minha alma,
Pressinto que vou ter um terremoto” .
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Confissão, de Mário Quintana.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Tenho medo de estar querendo muito. Receio que minhas insatisfações sejam sem fundamento e as escolhas sejam, na verdade, uma evasão. E que, quando tudo mudar, perceba que não foi uma boa opção. Entretanto, aflição maior é não saber exatamente o que quero. Outro emprego, outra profissão, cursar História ou Filosofia, preparar-me para o Mestrado, mudar de cidade...
As dúvidas e a indecisão me dominam (quando vão me deixar?), mas é hora de ser prática. Estou levando o bonde adiante (agora, de bom humor), sujeitando-me a uma alternativa por vez. A primeira opção já está em ação. Se não der certo, pulo para outra. Só não quero ser blindada pela covardia, pois (adaptando uma frase da Ceisa, do Surto PsicoSSomático), a vontade de vida que tenho é maior do que qualquer tormenta.

domingo, 10 de fevereiro de 2008

Estou indo por um caminho que não tem mais volta. Não sei se é o ideal, mas, no momento, parece ser o melhor. Não tenho escolha. É isso ou ficar estagnada. É isso ou me tornar algo que não quero ser.
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"O mundo vai girando
Cada vez mais veloz
A gente espera do mundo
E o mundo espera de nós
Um pouco mais de paciência..."
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Paciência (Lenine e Dudu Falcão)