terça-feira, 6 de maio de 2008

por fora,
trago o sabor
da amora;

por dentro,
uma saudade
que devora.

por fora,
comemoro
a vida;

por dentro,
sou veia cava
obstruída.

por fora,
um banquete
sobre a mesa;

por dentro,
essa dinamite
acesa.

morreu o cravo,
sonhando
a margarida.

pelo próprio espinho,
se fez a rosa,
ferida.

por fora,
a poesia move;

por dentro,
o verso suicida.


Marcos Caiado

10 comentários:

RodOgrO disse...

Essa dicotomia entre o que a gente sente e o que a gente demonstra dá muito pano pra manga...

Tava sentindo falta dos seus esboços, Si! Bom te ler de novo! ;)

Anônimo disse...

Muito bom! O que é importa é por dentro, Si.
Por dentro música, por fora sempre haverá dança!
beijossss

Paulo Moreira disse...

Oi!!!

Realmente o blog ficou abandonado desta vez.

É que o silêncio se torna a melhor frase quando não se sabe o que dizer. Mas as palavras já começam a brotar novamente! :)

Senhorita B. disse...

Que nada, Si! Não fui selecionada mesmo!
Gosto muito dos seus comentários, sabia?
Percebo que você tem muita sensibilidade.
Beijos,
Renata

Isaque Viana disse...

Oi, si!
Versos bacanas.
Saudades de vc, sabia?
Gosto muito do seu blog.
Na verdade, gosto muito de você. Cê sabe, né?
E olha, espero novos posts seus, viu?

Ó, um beijo super grandão, tá?

fuiz

bia de barros disse...

Amazing.

x.x

kami disse...

Adooorei a poesia, principalmente a parte do verso suicida, acho que poderia ter escrito isso, tanto que se parece comigo!
Adorei tudo por aqui!

Bjusssssssssssss

Atriz disse...

Parabéns primeiramente pra vc, por ter escolhido versos tão profundos pra colocar aqui e depois pra Marcos Caiado, que eu não conhecia, mas passei a apreciá-lo.

Estou tão por fora, mais do que por dentro....Fato.

beijo!!!!
Gisele

Álvaro Andrade disse...

Bacana.
lirisno e dinamite juntos.

Anônimo disse...

Gostei de estar aqui!