terça-feira, 27 de novembro de 2007

Cores
Flores
Amigos
Amores
Sorrisos
Melodias... Regressaram.

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Ele trouxe cores para meus dias.

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Estou cansada. Muito cansada. Preciso de repouso urgente. Não consigo fazer nada direito. As leituras estão pesadas; os filmes, chatos; as conversas, irritantes e os lugares, monótonos. Tudo está tão insignificante.
Já passei por fases parecidas, mas nunca foram tão intensas. E, dessa vez, as conseqüências físicas estão bem claras.

terça-feira, 20 de novembro de 2007

“É preciso ter o caos dentro de si para dar origem a uma estrela bailarina”.
Friedrich Nietzsche, em Assim Falou Zaratustra.

domingo, 18 de novembro de 2007

Hoje, o que sempre falo parece não ser verdadeiramente
o que SINTO,
o que ANSEIO
e o que ALMEJO.

terça-feira, 13 de novembro de 2007

Saudade pre/re sentida

Sentir saudade é pre-sentir o encontro;
é me ver avontade
com a vontade de te ver.

Te ver é rever a beleza;
é ter pressa e esperar
o silêncio falar alto pra eu poder te elogiar.

Te elogiar é pleonasmo;
é pretensão pretender escrever
todas as virtudes descritas em você.

Descrevê-la é vê-la de mil formas;
é pretexto pra que o encontro não vire despedida
configurando assim o reencontro com a saudade antes sentida


Leonardo Aquino

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Se você soubesse o bem que sua presença me faz... É mais que pele. É mais que afeição. Não sei explicar ao certo. Passeia pelo carinho, passa pela admiração e vai até o desejo. Suas idéias me absorvem. Seu cheiro me induz.
Se você soubesse como é estranho lidar com essa profusão de sentimentos... Mas é um estranho que não incomoda.
Não há primeira, segundas ou terceiras intenções. Não há promessas, propósitos e nem obrigações. E esse desprendimento me instiga. No momento, não quero terra firma. Quero-o novamente. Anseio seu cheiro, seu beijo, sua pele... Até seus pensamentos. Nem que seja por um dia, nem que seja pela última vez.

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Falta de talento

Quando li o texto “Digam não ao comunismo intelectual”, descobri que não possuo talento e que preciso descobri meus dons (já que nasci sem eles). Apesar de o autor declarar que “é uma coisa que nasce com o sujeito”, acho que preciso aprender algumas técnicas para ver se aflora, ao menos, uma aptidão.
Já tentei inúmeras. Comecei pela música. Na adolescência, como cantava bem, entrei num coral. Abonei, pois mudei de cidade. Entretanto, achava que ainda encantava. Só que as pessoas me ouviam mal. Com isso, a segunda alternativa foi deixada de lado, o violão. Tocou, tem que cantar. Aí, já viu... Pensei no sax. Puramente pela beleza do instrumento e pela sua magia. Mas já imaginou andar com um trambolho daquele nas costas?
Nova opção: trabalhos manuais. Tentei bordado e pintura. Além de não ter coordenação motora, faltava-me paciência para executar atividades meticulosas.
Arrisquei no teatro. Foi uma fase encantadora. O professor dizia que eu atuava bem, tinha “estilo” e levava jeito para produzir. Joguei-me de cabeça. O espetáculo de encerramento contou com a minha colaboração na produção. Na brincadeira, a convivência com pessoas diferentes mostrou que não consigo aceitá-las facilmente. O curso terminou e ficou por isso mesmo.
A fotografia foi a sexta alternativa. E essa foi, sem dúvida, a melhor, a que trouxe acréscimos duradouros. A atração não estava somente nas belas imagens que eu poderia captar e em torná-las perenes. Estava também no poder da visão e na busca por algo mais. Entendi que o meu olhar desejava sempre mais do que lhe era dado a ver. Giordano dizia que os olhos são “a fonte do conhecimento sensível” e a fotografia abriu, então, as portas para outras artes: a filosofia e o cinema. Nessas, apenas fiz parte da platéia.
Confesso que a paixão também foi por causa do professor (era tão lindo... Um dia ainda escrevo sobre ele). E, nessas idas e vindas, a fotografia ficou para trás. E não busquei outro hobby que despertasse algum talento.
Agora, surgiram umas idéias.
1. Dança. Por duas razões: para não ser tachada de falsa baiana (“Baiana é aquela que entra no samba de qualquer maneira, que mexe, remexe, dá nó nas cadeiras e deixa a moçada com água na boca...”) e porque necessito fazer alguma atividade física (não me vejo numa academia e nem acordando cedo para caminhar na praia). Abriu uma escola bacana perto de casa, tenho companhia, o cabelo não é mais problema...
2. Cozinhar. Não sou Amélia. Não quero ser Amélia. Mas saber fazer pratos tentadores tem seu charme. Já olhei uns cursos no Senac e na Perini. Estou com o de comida japonesa na cabeça...
3. Dirigir. Certo. Esse é o mais complicado. Não gosto de carros e não penso em dirigir. No entanto, algo me diz que o aprender funcionará como uma libertação....
As três ainda são vagas. Preciso amadurecê-las e ver no que dá...

segunda-feira, 5 de novembro de 2007


A foto acima ("Espelho", de Aloysio Araripe, sétimo lugar no IX Concurso Anual de Fotografias promovido pelo Jardim Botânico do Rio de Janeiro) me fez lembrar o poema Paradoxo, de Ângela Santos.

“(...) Vivo, sinto, espelho a dualidade viva de tudo o que é...
E além do mal e do bem me quedo
Olho o infinito e sinto-me poeira de estrelas com alma
E no chão que piso, ouço o pulsar do meu ser
No riacho correndo entre sulcos, é o meu sangue que vibra
E no prumo de uma velha árvore
O sentido da dignidade eu vivo.

Se tudo está em mim
parte de quê, enfim, sou ?”
Notícia boa, mesmo sendo incerta. Só o talvez, a possibilidade iluminou o meu dia.

domingo, 4 de novembro de 2007

Mais um final de semana se vai. Mesmo após dias tão intensos, cheio de afazeres, a noite de domingo tornou-se uma dessas noites melancólicas em que não resta muita coisa para fazer, além de deixar que os pensamentos dominem você.

“Até quando terás, minha alma, esta doçura,
este dom de sofrer, este poder de amar,
a força de estar sempre – insegura – segura
como a flecha que segue a trajetória obscura,
fiel ao seu movimento, exata em seu lugar...?”.

Cecília Meireles