quarta-feira, 29 de agosto de 2007

Sonhos? Planos? Futuro?

Há 15, tinha um sonho: casar, ter filhos, cachorro, morar numa casinha com jardim e quintal – a típica família perfeita de capa de revista. Três anos após, queria ser “alguma coisa” numa cidade grande. Ansiava ser algo longe daquele mundinho, mas não sabia o quê. No mundo novo, resolvi ser jornalista. Novos vôos. Cidade nova. Na faculdade, fui paty, CDF, revolucionária... e nada. Não me sentia parte daquele lugar. Queria voltar... Voltei! Feliz da vida, encontrei alguém que parecia ser meu príncipe encantado. Por quase três anos, meu sonho voltou a ser o mesmo dos 10 anos de idade, com a diferença de ser apartamento (por causa da segurança), sem cachorro (ele fede), os filhos ganharam nomes e, além dos meus, havia a possibilidade de adotar outros. Graças a Deus, ao tempo, meus amigos, livros, Los Hermanos e inúmeros pensamentos, acordei. Alforriada, hora de planejar. Juntar dinheiro para fazer mestrado em Portugal ou no Rio, sem depender de pai, mãe, irmã... em 3 anos, quando conseguir estabilidade no trabalho. Porém, no fundo, desejava também o casamento e até suas complicações. Pronto! Cheguei no hoje. E agora?
Nesse exato momento, não sei mais o que quero. Semana passada, pela primeira na vida, vi um casal com uma criança no shopping e questionei-me se era isso que almejava para minha vida. Quero ou esse sonho de criança foi imposto? Estou preparada para dividir o que é meu com alguém PARA SEMPRE? Será que ele existe? Será eterno ou eterno enquanto dure?
Esses pensamentos assustaram-me. Afinal, levei 25 desejando algo e, de repente, ele se vai. Mas, apesar do choque, estou bem. No meu canto. Não sei até quando. Mas estou...

“Se desmorono ou se edifico,
se permaneço ou me desfaço,
- não sei, não sei.
Não sei se fico ou passo”.

Cecília Meireles

quarta-feira, 22 de agosto de 2007

Saltitante

Hoje estou muito feliz! E o melhor: sem causa aparente.

“Ser feliz sem motivo é a forma mais autêntica de felicidade”.
Drummond

segunda-feira, 20 de agosto de 2007

Para não passar em branco

Sexta-feira (17.08) fez 20 anos que Drummond se foi. Uma data muito significa, mas, infelizmente, pouco lembrada.
Nunca esqueço meu primeiro contato com a sua obra. Mexendo (sem permissão) na agenda da minha irmã mais velha, em 1993, deparei com a montagem de um trecho do Poema de sete faces. Fiquei encantada com a frase “seria uma rima, não seria uma solução”. Mas o meu interesse por ele só aumentou quando fiquei apaixonada pela primeira vez e precisava ler sobre amor. E quem melhor que Drummond para falar de amor? (“Amor é dado de graça, é semeado no vento, na cachoeira, no eclipse. Amor foge a dicionários e a regulamentos vários...” – As sem-razões do amor). Hoje, o amor que extraio dele é outro. (“Este o nosso destino: amor sem conta, distribuído pelas coisas pérfidas ou nulas, doação ilimitada a uma completa ingratidão...” – Amar).
Na verdade, nem procuro mais seus poemas românticos, mas os sociais, eróticos, solitários... E é essa multiplicidade que mais me agrada em Drummond. Ele é mil poetas em um. E sua vida sempre estava em seus versos (“Sou apenas um homem. Um homem pequenino à beira de um rio. Vejo as águas que passam e não as compreendo...Sou apenas o sorriso na face de um homem calado” - América).
Na sua última entrevista (dias depois da morte de sua filha Maria Julieta), ele insistia que seria esquecido em pouco tempo. Ledo engano. Transformou-se no maior poeta brasileiro. E, para mim, ainda vive. Em seus versos.

sexta-feira, 17 de agosto de 2007

“De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto”.

Rui Barbosa

Órfã

Estou desolada. Acabei de saber que o Nomínimo (um dos meus sites favoritos) não vai mais existir por falta patrocinadores e anunciantes.
Como pode uma coisa dessa??? Com tanta besteira por ai, como pode um sítio tão inteligente sair do ar por falta de financiamento? INACREDITÁVEL! Era um dos poucos que ainda prezava as idéias francas, o jornalismo consciente, sem ideologias e realmente preocupado com a sociedade.
Sem exageros, estou me sentindo órfã. Acompanho o site desde a época da faculdade, quando ainda era “No.”.
Agora me pergunto: onde vou ler Tutty Vasques sacaneando a amizade colorida do Ziraldo e do Zuenir Ventura? E deste falar com tanta sinceridade de sua barriguinha de chopp (coisa que nunca fez nO Globo)? Onde mais posso ler o Ricardo Kotscho falando de sua família? E as críticas políticas?
O site era mantido pelo IG, que acaba de lançar o IG Gente. Preciso dizer mais alguma coisa?
É como discorre o Zuenir Ventura na sua última coluna: “nem tudo o que é bom permanece e nem tudo o que é ruim desaparece”.
Ler as despedidas é arrasador. Queria postar todo o texto do Kotscho (Até qualquer hora), mas é muito grande. Deixo o link para quem tiver interesse. Fico aqui com uma esperança, ao menos “mínima”, de que isso vai ser revertido.

Mas não posso deixar de fora o aviso de despedida:

“Editores, blogueiros, colunistas, funcionários, colaboradores assíduos ou ocasionais, enfim, todos os nomes abaixo relacionados que ajudaram a criar o site (humm…) de jornalistas mais querido do Brasil comunicam sua morte súbita neste 29 de junho de 2007, vítima de inanição financeira decorrente do desinteresse quase geral de patrocinadores e anunciantes em sua sobrevida na web. NoMínimo deixa órfãos cerca de 150 mil assinantes entre os mais de 3 milhões de visitantes que, em média, se habituaram a passar por aqui todo mês nos últimos 5 anos. Seus realizadores também sentem muito o triste fim desse espaço livre, democrático e criativo de trabalho, mas se despedem com a sensação de dever cumprido com o jornalismo e a camaradagem que nos une. Foi bom, foi muito bom enquanto durou. Quantos no país têm a oportunidade de tocar seus próprios projetos com prazer, independência e alegria? Aos leitores, nossas desculpas pela falta de talento empreendedor, o que talvez pudesse transformar o site (humm…) num bom negócio financeiro. Fica para a próxima. Até breve.”

segunda-feira, 13 de agosto de 2007

Mudanças

Terminei um livro agora e, pela primeira vez, não achei nada interessante. Não que eu nunca tenha detestado um livro. É que sempre gostei de literatura juvenil americana. Aqueles que sempre finalizam na festa de formatura do colegial, onde a heroína (desastrada e paranóica) é eleita a rainha do baile. Mas não confundam com os do tipo Bridget Jones (que eu li seis vezes). Esta sempre será um exemplo para mim (do que não fazer, é claro!). Mas, se for para ter um Mark Darcy, eu aceito ter uma vida caótica como a dela. Brincadeirinha!
No fundo, sou um pouco Bridget (aquela que banca a mulher independente, mas sonha em casar; é um desastre na cozinha, mas fantasia jantares inesquecíveis; sofre com a idéia de não ganhar presente no dia dos namorados; e ainda cai na lábia de Daniel Cleaver da vida). Bem diferente de outra heroína que eu também amo: Amélie Poulain! Solitária, sensível, sem muitos propósitos na vida, ela resolve solucionar os problemas de todas as pessoas com quem convive, com estratégias fora do comum (uma forma de preencher o vazio de sua própria existência). E é isso que a torna encantadora, além do que ela sempre vê o mundo com olhos de admiração (Com razão. Ela mora em Paris).
Bem... Não quero falar de minhas personagens de ficção favoritas, mas do fato de não ter gostado do livro “A Princesa de Rosa-shocking” (Meg Cabot). Achei tão bobo, tão idiota, tão adolescente... Como uma pessoa pode ter preocupações tão banais? Xi... Perai! Será que eu finalmente cresci???

Tudo bem... De uns tempos para cá, meus amigos (pré-adolescentes. rs) passaram a me chamar de “Tia Simone” (não pela minha maturidade, mas pelo excesso de chatice e responsabilidade). Só que ainda não vejo essas mudanças tão claramente.
Acho melhor ler outro do mesmo gênero e ver no que vai dar...

sábado, 11 de agosto de 2007

Estava no Tortarelli Café, mas com vontade de estar na Feira dos Paraíbas.

Rótulos

Para quem caiu de pára-quedas aqui...

Idealista. Acredita que o bem sempre vence. Crítica. Quer mudar o mundo. Romântica. Adora homens de jeans, camiseta, all star e de livro na mão. Ciumenta. Não gosta de ficar no vácuo. Sensível. Adora ser paparicada (muito diferente de mimada). Impaciente. Detesta ser contrariada. Incisiva. Gosta de política. Chata. Detesta que fumem perto. Ansiosa. Adora festas, viajar, assim como ficar em casa com um bom livro, uma barra de chocolate ou um filme emocionante. Desastrada. Ama fazer o bem. Ingênua. Vai à missa. Exigente... Complexa!

sexta-feira, 10 de agosto de 2007

Nasceu

Sempre tive vontade de ter um blog. Cheguei a criar um, mas não consegui torná-lo público e cancelei. Aquele não era o momento para compartilhar meus pensamentos. Minha vida estava confusa e meus sentimentos, instáveis. Mas a vontade voltou. E, dessa vez, resolvi arriscar. Não quero ficar com a sensação eterna de anseio. Vou tentar! Meus pensamentos precisam sair, antes que entrem em ebulição.
Não me importo com a quantidade de pessoas que passará por aqui. Nem se irão me julgar. Basta-me saber que, ao menos, o computador responde os meus comandos. Que tenho um espaço meu para escrever quando e o que quiser.