sexta-feira, 17 de agosto de 2007

Órfã

Estou desolada. Acabei de saber que o Nomínimo (um dos meus sites favoritos) não vai mais existir por falta patrocinadores e anunciantes.
Como pode uma coisa dessa??? Com tanta besteira por ai, como pode um sítio tão inteligente sair do ar por falta de financiamento? INACREDITÁVEL! Era um dos poucos que ainda prezava as idéias francas, o jornalismo consciente, sem ideologias e realmente preocupado com a sociedade.
Sem exageros, estou me sentindo órfã. Acompanho o site desde a época da faculdade, quando ainda era “No.”.
Agora me pergunto: onde vou ler Tutty Vasques sacaneando a amizade colorida do Ziraldo e do Zuenir Ventura? E deste falar com tanta sinceridade de sua barriguinha de chopp (coisa que nunca fez nO Globo)? Onde mais posso ler o Ricardo Kotscho falando de sua família? E as críticas políticas?
O site era mantido pelo IG, que acaba de lançar o IG Gente. Preciso dizer mais alguma coisa?
É como discorre o Zuenir Ventura na sua última coluna: “nem tudo o que é bom permanece e nem tudo o que é ruim desaparece”.
Ler as despedidas é arrasador. Queria postar todo o texto do Kotscho (Até qualquer hora), mas é muito grande. Deixo o link para quem tiver interesse. Fico aqui com uma esperança, ao menos “mínima”, de que isso vai ser revertido.

Mas não posso deixar de fora o aviso de despedida:

“Editores, blogueiros, colunistas, funcionários, colaboradores assíduos ou ocasionais, enfim, todos os nomes abaixo relacionados que ajudaram a criar o site (humm…) de jornalistas mais querido do Brasil comunicam sua morte súbita neste 29 de junho de 2007, vítima de inanição financeira decorrente do desinteresse quase geral de patrocinadores e anunciantes em sua sobrevida na web. NoMínimo deixa órfãos cerca de 150 mil assinantes entre os mais de 3 milhões de visitantes que, em média, se habituaram a passar por aqui todo mês nos últimos 5 anos. Seus realizadores também sentem muito o triste fim desse espaço livre, democrático e criativo de trabalho, mas se despedem com a sensação de dever cumprido com o jornalismo e a camaradagem que nos une. Foi bom, foi muito bom enquanto durou. Quantos no país têm a oportunidade de tocar seus próprios projetos com prazer, independência e alegria? Aos leitores, nossas desculpas pela falta de talento empreendedor, o que talvez pudesse transformar o site (humm…) num bom negócio financeiro. Fica para a próxima. Até breve.”

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